Secretário expõe trabalhos da SECOPA para o Fórum A Cidade Também É Nossa

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Participação social e transparência nas informações foram cobranças feitas pelo fórum “A Cidade Também é Nossa” ao gestor da Secretaria Estadual para Assuntos da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 (Secopa), Ney Campello. A reunião foi realizada na quinta-feira (14), no auditório do Crea-BA.

Campello fez uma apresentação dos trabalhos e investimentos feitos pelo Governo do Estado para o mundial do próximo ano. Segundo ele, R$ 183 bilhões serão investidos até 2014 e 600 mil empregos serão gerados. Para o secretário, existem duas copas – a voltada aos provedores e a dos protagonistas. “O evento só valerá a pena se deixar legados sociais, culturais, ambientais e econômicos para a Bahia”, destaca.

O secretário reconheceu que não haverá tempo de executar tudo o que foi planejado, mas chamou a atenção para o esforço do Governo do Estado em fazer da Copa não só um espetáculo, mas “um evento voltado para as pessoas”.

Obras –Ney Campello citou obras como a da Arena Fonte Nova; a reforma e adequação do terminal de passageiros, ampliação do pátio de aeronaves e construção da torre de controle do aeroporto de Salvador (com previsão de entrega em dezembro deste ano e que custou R$ 140 milhões); as obras de requalificação do porto de Salvador (previstas para maio deste ano e orçadas em R$ 36 milhões); e os dois viadutos construídos próximo a arena, que serão entregues até o fim do mês e que tiveram o investimento de R$ 11,4 milhões.

No plano de legados, Campello citou o fortalecimento do futebol e dos clubes baianos, qualificação profissional, valorização da cultura local, a responsabilidade sócio-ambiental (utilização de energia limpa) e programas como o Copa na Escola. “A copa não se resume em Fonte Nova. Só ficarei satisfeito se tivermos produzido consciência cidadã”, revela.

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Críticas – O discurso do secretário em favor dos legados não foi suficiente para convencer a professora Débora Nunes, do Vozes de Salvador. Segundo ela, os canais de comunicação da Secopa com a comunidade são ineficientes e falta atenção do órgão em honrar a economia solidária e valorizar a participação social. “As contas não estão no site da Secopa e o comitê popular não está participando das discussões”, critica.

Christiane Sampaio, do Instituto Ethos, externou sua preocupação em torno do acesso à informação. Ela informou que o Ethos monitora a implantação e regulamentação das leis estadual e municipal para que a população exerça de fato o controle social. Cobrou ainda esclarecimentos sobre a utilização do espaço da Arena Fonte Nova e para onde foram os equipamentos de esporte, que existiam no estádio como piscina olímpica e pista de atletismo. “Os instrumentos criados para interlocução entre governo e sociedade são fragilizados, muitos municípios não dispõem sequer de ouvidoria”, coloca.

O secretário rebateu as críticas informando que as contribuições do Comitê Popular são absorvidas pela secretaria. Afirmou que a Copa é um ponto de partida e não de chegada. “Não traremos todas as soluções para os problemas de Salvador e da Bahia, mas será um momento para reflexão”, frisa. Ele citou que houve participação cidadã em 19 encontros realizados em Salvador e no interior e também informou que o Governo do Estado está construindo um ginásio de esportes em Pituaçú e uma piscina olímpica no Bonocô.

Para Genivaldo Barbosa, assessor parlamentar do Crea-BA, o evento fortalece a representatividade do Fórum “A Cidade Também é Nossa” e foi uma forma de colocar a sociedade neste planejamento para a Copa. “Estamos procurando exercer o controle social, colocando representantes do governo apresentando detalhes dos projetos à população”, enfatiza, destacando que a Secopa e o Fórum acompanharão os indicadores do legado da Copa.

Outros questionamentos sobre o estudo de impacto ambiental da Arena Fonte Nova, ciclovias para o plano de mobilidade para Copa,  requalificação do entorno e para o Centro Histórico, o trabalho de conscientização da população, projetos para os parques da cidade, viabilidade econômica para a arena  e a Parceria Público-Privada foram feitos. O secretário colocou-se à disposição para outros encontros e solicitou apoio do fórum na campanha em favor da valorização da cidade. “Precisamos desenvolver novos mecanismos de distribuição de valores”, conclui.

Nadja Pacheco
Ascom Crea-BA
Fonte: http://www.creaba.org.br/noticia/1456/Secretario-expoe-trabalhos-da-Secopa-para-Forum-.aspx

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