O Fórum A Cidade Também é Nossa iniciou, em 30/06/2014, o projeto “Diálogo com Candidatos”. Todos os candidatos ao Governo do Estado da Bahia foram convidados a apresentar seus planos de governo e responder a perguntas do FÓRUM sobre Infraestrutura, Transparência, Meio Ambiente, Saúde e Planejamento.
A primeira candidata, Lídice da Mata, ex-prefeita de Salvador, esclareceu que o partido PSB-Rede tem até o dia 4 para apresentar seu Plano de Governo ao Tribunal Regional Eleitoral, razão pela qual a apresentação não seria completa.
A senadora fez uma apresentação centrada na Reforma Urbana, com metas de reduzir a desigualdade do Estado. Relembrou o centenário de Rômulo de Almeida, e a importância do Planejamento Governamental, criticou a massificação do modelo arquitetônico no Programa Minha Casa Minha Vida, bem como a falta de discussão com a sociedade e o processo de gentrificação sintomático de algumas gestões.
Finalizou sua apresentação com a proposta de retomar para o Estado o direito de planejar.
O Fórum A Cidade Também é Nossa posicionou-se através de cinco representantes, agradecendo à candidata pela disposição ao diálogo.
Paulo Ormindo, arquiteto, advertiu que, hoje, o Estado não planeja, apenas executa. Pediu à candidata que se posicione quanto à ponte Salvador-Itaparica, orçada em R$ 7 bilhões. A candidata respondeu que o orçado já está em R$ 15 bilhões.
Carl von Hauenschild, urbanista, advertiu que o Estado conta com poucos profissionais da área técnica, devido ao excesso de cargos comissionados. Cobrou o posicionamento da senadora, para barrar projetos não sustentáveis.
Claudio Mascarenhas, ambientalista, alertou para o retrocesso ambiental com a adulteração do Código Florestal e do Código de Mineração. Cobrou que o modelo de Estado seja rediscutido, para que não fuja de suas atribuições.
Sissi Vigano, psicóloga, alertou para o desamparo de comunidades esquecidas do Poder Público. Solicitou à candidata que se posicione quanto à inclusão digital e que abra canais de comunicação com a sociedade, para o exercício do controle social.
Marco Antônio de Almeida, corregedor do CREMEB, advertiu quanto a falta de recursos humanos na área da Saúde. Criticou os novos modelos de contratação, “pejotizados” ou “redinhas”.
Ao responder as questões, Lídice da Mata (PSB-Rede), ainda defendeu uma Reforma Política, com financiamento público de campanha, para que os candidatos possam concorrer aos cargos em igualdade de condições.